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Monitoramento do Risco de incêndio para a região de Piracicaba-SP

O Incêndio florestal é um tema de grande importância devido os prejuízos por ele causados, tanto no aspecto econômico quanto na biodiversidade. Diante de tal fato, pode-se recorrer ao usode indicadores de riscos de incêndio para o monitoramento de regiões florestais e a construção de zonas de risco e prevenção.
Um índice de perigo é um indicador quantitativo do perigo de incêndios, expresso em sentido relativo ou como uma medida absoluta. Por razões práticas, um índice de perigo de incêndios se apresenta em classes de perigo, definindo-se uma classe de perigo como uma porção da escala numérica do perigo de incêndios florestais (Soares, 1984).
Sua estrutura é baseada na relação entre os incêndios florestais já ocorridos e os elementos meteorológicos. A intensidade de um incêndio e a velocidade com que ele avança estão diretamente ligados a umidade relativa, a temperatura,a velocidade do vento ea precipitação (Nunes et al., 2005).O uso de um índice de risco de incêndio é importante, pois proporciona subsídios para as atividades de prevenção de incêndios, como o planejamento de ações de manutenção, vigilância, monitoramento e ao combate aos incêndios florestais.
Classe de risco para a região de Piracicaba
(atualizado diariamente)
Importância para a ESALQ
Tem-se notícia da ocorrência de incêndios florestais de grandes danos na região de Piracicaba. Podem-se citar os incêndios ocorridos no Horto de Tupi nos anos de 2000  e 2012 , e os que atingiram alguns fragmentos florestaisdo Campus da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), nas áreas da Fazenda Areão (Oliveira, 1997) e na Mata do Pomar (Nascimento et al., 1999).
Devido ao fato do Campus da ESALQ ser uma área extremamente arborizada e com fragmentos florestais de importância para a região (Cooper et al., 2009), observa-se a necessidade da implementação, manutenção e divulgação de um Quadro de Risco de Incêndio, servindo de alerta tanto para a população que frequenta as dependências do Campus, para que estes tomem cuidado com objetos e atividade que podem contribuir para o início ou dispersão de focos de incêndios, quanto para a prefeitura do Campus USP “Luiz de Queiroz”, para o planejamento de atividades preventivas ou o alerta nos dias que apresentarem risco elevado.
Métodos
Índices de perigo de incêndio florestalreproduzem a probabilidade de ocorrer um incêndio, assim como a facilidade do mesmo se propagar, com base nas condições atmosféricas do dia ou de uma sequênciade dias.
Existem diversos índices de incêndios disponíveis na literatura, entretanto o mais usado devido a sua alta adaptabilidade em representar os incêndios florestais brasileiros é a Fórmula de Monte Alegre - FMA (SOARES, 1972), desenvolvida através de dados da região central do Estado do Paraná, em uma fazenda da Monte Alegre da empresa Kablin S.A, na década de 70.
A Fórmula de Monte Alegre tem sido usada desde então por várias empresas e instituições florestais brasileiras para estimar o grau de perigo de incêndio e ajudar no planejamento das atividades de prevenção e combate.Ela é estruturalmente muito simplese para ser calculada requer apenas duas variáveis meteorológicas: umidade relativa do ar e precipitação. Pode ser usada em praticamente todo o país devido a sua simplicidade e facilidade de coleta dos dados, fazendo-se as devidas adaptações na escala de perigoquando e onde necessárias, ou pelo menos nas regiões onde a umidade relativa é o parâmetro mais relacionado à ocorrência dos incêndios.
Fonte de Dados
Para a implementação do cálculo da FMA, os valores da umidade relativa do ar(H)às 13hs e da precipitação total diáriaserão obtidos da estação meteorológica automática localizada no posto meteorológico da , localizado cerca de 500 metros do Departamento de Ciências Florestais (LCF). Os dados estão disponíveis nesta página do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), onde são atualizados de hora em hora.
Para acompanhar a planilha com o cálculo da FMA diário dos dos últimos meses, acesse aqui.

Referências Bibliográficas

COOPER, M. et al. Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz De Queiroz”. Piracicaba, SP. 426 p. 2009.
NASCIMENTO, H.E.M.; DIAS, A.S.; TABANEZ, A.A.J.; VIANA, V.M. Estrutura e dinamica de populacoesarboreas de um fragmento de floresta estacional semidecidual na regiao de Piracicaba, SP. Revista Brasileira de Biologia, v.59, n.2, p.329-342, 1999.
OLIVEIRA, R.E. Aspectos da dinâmica de um fragmento florestal em Piracicaba-SP: silvigênese e ciclagem de nutrientes. Piracicaba, 1997. 87p. Dissertação (Mestrado). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Universidade de São Paulo.
SOARES, R. V. Determinação de um índice de perigo de incêndio para a região centro paranaense, Brasil.Turrialba, Costa Rica, CATIE/IICA. 72 p. (Tese de Mestrado). 1972.
SOARES, R. V. Prevenção e controle de incêndios florestais. ABEAS, 120 p. 1984.
NUNES, J.R.S.; SOARES, R.V.; BATISTA, A.C. FMA+ - Um novo índice de perigo de incêndios florestais para o estado do Paraná. II Seminário de Atualidades em Proteção Florestal. Blumenal, SC. 2005.
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